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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A nova geração de produtos de beleza tecnológicos e inteligentes


Já se foi o tempo em que procurar um produto de beleza que fosse “compatível” com um tipo de pele era uma cruzada. Hoje em dia, os produtos de beleza são desenvolvidos com tecnologia de ponta que não só se adaptam facilmente a todos os tipos de pele, como são desenvolvidos também para atuar nela. Ou seja, aperformance do produto prevalece ao seu efeito.
Uma das ações pioneiras da aliança beleza + tecnologia aconteceu em 1989, à epoca do derrame de óleo da Exxon Valdez no Alasca, quando alguns cientistas notaram que existiam pedaços de água limpa no meio do óleo. A razão? As algas tinham comido parte do óleo. Janet Pardo, a cientista vice-presidente sênior de desenvolvimento de produto na Clinique, pensou nas suas clientes e em como isso poderia ser aplicado aos produtos que desenvolvia. Segundo os estudos da época, 75% a 80% das mulheres tinham pele mista, com áreas secas que necessitavam de hidratação e partes mais oleosas que, pelo contrário, requeriam um produto matificante. E assim, em 1997, depois de alguns anos de pesquisa, nasceu a baseSuperbalanced Makeup, campeã de vendas até hoje.
Desde então, as pesquisas só aumentam e passaram a pautar o mercado de beleza. A procura por produtos especializados já não é feita com base no seu efeito final, mas em sua capacidade de servir a cada usuário de uma maneira única. Os tipos de pele são diferentes e os produtos têm que se adaptar ao maior número de pessoas possível.
Superbalanced Makeup da Clinique, Hydra Beauty Serum da Chanel, Visionnaire da Lancôme e Advanced Night Repair da Estée Lauder ©Reprodução
As  marcas, por sua vez, cada vez mais apostam em estudos de desenvolvimento de produto e contratam especialistas para usar a ciência a favor da beleza. Não faz nem um ano que a Chanel contratou uma dermatologista de Manhattan, Amy Wechsler, que ficará encarregada de fazer a ponte entre a grife e o seu centro de desenvolvimento e ainda de criar tratamentos com produtos da marca. A sua contribuição estreante foi o Hydra Beauty Serum, que oferece proteção antioxidante contra influências externas e estresse fisiológico, e tem na sua formulação a flor da camélia, que além de ser um símbolo da Chanel, é também um ingrediente ativo.
Outra marca que aposta na biologia – mais propriamente na glicobiologia, ciência que estuda os componentes moleculares ativos dos seres vivos –, é a Yves Saint Laurent, com o lançamento da linhaForever Youth Liberator, que promete, de acordo com a sua formulação, melhorar a comunicação entre as células da pele para a reestruturar e regenerar.
A linha Forever Youth Liberator, formulada com estudos de glicobiologia ©Reprodução
A Estée Lauder, por exemplo, usa a técnica de “enganar a pele” com o seu Advanced Night Repair. A fórmula, que contém colágeno e ácido hialurônico, ingrediente natural da pele que a mantém jovem, foi desenvolvida para a pele acreditar que está ficando sem esses ingredientes e começar a produzi-los naturalmente. Um truque que conta com a capacidade regeneradora da própria pele, à semelhança doLancôme Visionnaire, um creme que contém LR 2412, uma molécula que reconhece os danos na pele e ativa o seu processo regenerador natural.
E quem não conhece os BB Creams? Os famosos bálsamos para imperfeições, de formulação alemã, são uma espécie de tudo-em-um originalmente utilizados para tratar a pele do rosto após procedimentos cirúrgicos, mas que começaram a fazer sucesso na Coreia e rapidamente foram difundidos mundialmente com a promessa de proteger a pele e acabar com  a vermelhidão, manchas e marcas.
Alguns cremes com formulação base no BB Cream: a mousse da Maybelline, o creme da marca coreana Missha e a base da Clinique ©Reprodução
O objetivo de todas estas pesquisas? Utilizar menos ingredientes nas formulações, aproveitar a complexidade regeneradora das plantas e de moléculas e entender e confiar cada vez mais nas reações e na capacidade da própria pele, para criar produtos adaptáveis. Que aliás, são o novo luxo.